sábado, 9 de março de 2013

os verbos da vida

Tema : OS VERBOS DA VIDA Texto: Marcos 14.22-26 Nesta primeira ceia do ano gostaria que pensássemos nesta noite sobre os verbos da vida. A palavra de Deus nos diz que Jesus é o verbo da vida. Porque que João não usou outra palavra. (1) “Eu sou o pão da vida” - Jo 6.35 (2) “Eu sou a luz do mundo” - Jo 8.12 (3) “Eu sou a porta das ovelhas” - Jo 10.7 (4) “Eu sou o bom pastor” - Jo 10.11 (5) “Eu sou a ressurreição e a vida” - Jo 11.25 (6) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” - Jo 14.6 (7) “Eu sou a videira verdadeira” - Jo 15.1 Jesus é o Verbo da vida (1Jo 1.1).O que significa dizer que Jesus é “o Verbo” (Jo 1.1-14)? Por que João, de todos os adjetivos possíveis, decidiu chamar Jesus de “Logos” (Verbo ou Palavra)? Muitos tentam explicar isso usando a filosofia mas não havia nada de filosófico quando lemos e estudamos o evangelho de João. O evangelho de João nos começa dizendo que João nos haveria de contar uma historia de um homem que não era simplesmente um homem ele era Deus. João nos conta o grande segredo do seu livro já no primeiro verso. “no principio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus” porque verbo . John Piper oferece uma lúcida resposta: João chama Jesus de “Verbo” porque ele enxergou as palavras de Jesus como a verdade de Deus e a pessoa de Jesus como a verdade de Deus em tal forma unificada que o próprio Jesus (em sua vinda, e trabalho, e ensino, e morte, e ressurreição) foi a Mensagem final e decisiva de Deus. Ou, para colocar de forma mais simples: o que Deus tinha a dizer para nós não foi apenas ou principalmente o que Jesus disse, mas quem Jesus era e o que ele fez. Suas palavras explicaram a si mesmo e a sua obra. Mas o seu eu e a sua obra eram a verdade principal que Deus estava revelando [através das palavras de Cristo]... Jesus é o verbo porque a pessoa de Jesus é idêntica a suas palavras as palavras de Jesus revelam vida, verdade e ensino, mas principalmente quem ele é o verbo da vida. Jesus nasceu para “testemunhar da verdade” (Jo 18.37) e ele mesmo era a verdade (Jo 14.6). O seu testamento (palavras) e o seu testemunho (pessoa) eram o “Verbo [Palavra] da verdade”. Quando Jesus veio e habitou entre nós ele comunicou palavras, palavras essas que mostravam quem ele era, quem ele é e o que ele queria de nós. Essas palavras de Jesus visam transformar nossa vida dia-a-dia. Fazer que eu e você se torne igual a Jesus. Essa palavra incuti em nós vida,esperança, dar o norte para nós. Palavra de esperança que tem poder de nos fazer prosseguir. Se Jesus é o verbo da vida, o que ele teria a nos ensina hoje nesta noite tão especial. Ao nos prepararmos para esta que será a nossa primeira ceia de 2013, permitam-me chamar sua atenção para cinco verbos na descrição da Ceia do Senhor em Marcos. Como eles fazem parte da Palavra de Deus, eu os defini como “verbos da vida”. Isso nos leva a marcos 14. 22-26. Existe aqui nesse texto cinco verbos . Tais verbos ocorrem, explicita ou implicitamente, em praticamente todas as outras descrições da Ceia (Mt 26.17-30; Lc 22.7-23; Jo 13.18-30; Lc 24.30-31; 1Co 11.23-26). Esses verbos seriam os que Jesus queria que nos lembrássemos de quando ele disse “fazei isto em memória de mim” Quais são os cinco verbos da vida? • 1Tomar, 2agradecer, 3partir, 4dar e 5cantar. O que os cinco verbos da vida, destacados nesta descrição da primeira Ceia celebrada pelos discípulos do Senhor, têm a nos ensinar? O que esses verbos da vida nos ensina a viver. 1. Tomar (Mc 14.22): “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, O que estar implícito nessa ideia de tomar, estar a ideia de entrega. Jesus “toma” (pega) o que lhe entregamos. A oferta está implícita. Na Ceia, Jesus “tomou o pão” que lhe foi entregue e estava sobre a mesa. “Tomar” vem do grego “labon”. O que nos lembra lobão que tudo que via queria tomar para si, Significa “agarrar”, “tomar posse”, “tornar cativo ou refém”. Jesus agarra e faz seu aquilo, e tão somente aquilo, que lhe entregamos voluntariamente. Deus não nos explora. Deus não nos obriga. Ele “toma” aquilo que oferecemos sobre a mesa. A primeira coisa que deve estar sobre a mesa é o nosso coração, seguido de tudo o que somos e temos. 2Co 8.1-5 -mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. Devemos entregar a Jesus o que somos e o que temos. Jesus toma daquilo que lhe entregamos de coração, multiplica e abençoa milhares de outros. Jo 6.5-11 -Então Jesus tomou os pães, deu graças e os repartiu entre os que estavam assentados, tanto quanto queriam; e fez o mesmo com os peixes. Aquilo que damos de coração ao Senhor ele “toma” e abençoa milhares de outros. Se você precisa de uma mudança em certa área da sua vida primeiro precisa entregar para Deus. Queremos que Deus mude nossa vida, mas queremos continuar no controle dela. Que mudança no casamento, finanças, vida espiritual, emocional entregue pra Deus. 2. Agradecer (Mc 14.22): “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças,” Aquilo que oferecemos ao Senhor, ele oferece a Deus com ação de graças (gr. “eulogeo” - “elogiar”, “falar bem”). Ele não avalia primeiro (como fez André Jo 6.9). Ele não rejeita o que vem de coração. Se o primeiro verbo de vida (“Tomar”) nos ensina que devemos entregar de coração o que somos e o que temos ao Senhor, o segundo verbo (“dar graças”, “agradecer”, “elogiar diante de Deus”) nos ensina que podemos e devemos nos entregar sem reservas. Não queira melhorar primeiro. Não queira aumentar primeiro. Venho como está e com o que tem. O Senhor cuidará do resto. 3. Partir (Mc 14.22): 22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o O que entregamos de coração a Deus não permanece como trazemos. Ele 1toma, 2agradece a Deus e 3depois parte. Ele quebra. O Senhor quebra o orgulho, a auto-aprovação, a vaidade, as obras da carne. Ele quer que produzamos mais para a sua glória. Logo, ele não pode nos deixar como nos apresentamos a ele. Jo 15.1-2 - 1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda [quebra, limpa], para que dê mais fruto ainda. Sobre “partir” Eugene H. Peterson comenta: Esse “partir” torna impossível entender nossa participação na salvação como uma vida de serenidade imperturbada, sem sofrimento, uma vida protegida de perturbação, privilegiada, isenta de dor, humilhação e rejeição. O “partir” elimina qualquer alusão de que a salvação pode ser um programa de auto-ajuda. Descobrimos isso inicialmente em Jesus (o corpo partido, o sangue derramado) e, depois, em nós mesmos. 4. Dar (Mc 14.22): 22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, Jesus devolve o que levamos até ele. O que somos e o que temos é por ele recebido, processado, transformado e depois devolvido. Recebemos de volta melhorado, aumentado e pronto para abençoar a nós e aos outros. Deus “toma”, “dá graças” e “parte” antes de “dar”: Tt 2.11-14 – Enquanto Deus não “der” de volta, aguardamos com fé, esperança e paciência: Rm 8.22-25 – 5. Cantar(Mc 14.26): 26 Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A AÇAO TRANSFORMADORA DE DEUS

TEMA A AÇAO TRANSFORMADORA DE DEUS Ezequiel 37 1 A mão do SENHOR estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale cheio de ossos. 2 Ele me levou de um lado para outro, e pude ver que era enorme o número de ossos no vale, e que os ossos estavam muito secos. 3 Ele me perguntou: “Filho do homem, estes ossos poderão tornar a viver?” Eu respondi: “Ó Soberano SENHOR, só tu o sabes”. 4 Então ele me disse: “Profetize a estes ossos e diga-lhes: Ossos secos, ouçam a palavra do SENHOR! 5 Assim diz o Soberano, o SENHOR, a estes ossos: Farei um espírito entrar em vocês, e vocês terão vida. 6 Porei tendões em vocês e farei aparecer carne sobre vocês e os cobrirei com pele; porei um espírito em vocês, e vocês terão vida. Então vocês saberão que eu sou o SENHOR”. 7 E eu profetizei conforme a ordem recebida. O VALE DA MORTE Vale, ou planície, é um lugar aberto entre montanhas, muitas vezes aprazíveis. O que não é o caso deste vale (ou planície) aqui em Ezequiel. Muito pelo contrário! Apesar de estarmos num vale, à primeira vista a visão é assustadora. Não há sinal do verde das plantas, do canto dos pássaros nem do colorido das flores. A paisagem é fúnebre. O ambiente parece reduzido à ausência de vida. Há silêncio e morte! Desespero, desolação, e sonhos desfeitos. Esse é o contorno do vale – do vale da morte, do vale dos ossos secos. Torna-se mais chocante ainda quando descobrimos que esse mesmo vale foi palco da beleza da glória de Deus. Nesse mesmo vale (Vale do Cedrom, situado a leste da cidade de Jerusalém e que separava o monte do templo do Monte das Oliveiras), se deu o chamado de Ezequiel. “22 A mão do SENHOR esteve ali sobre mim, e ele me disse: “Levante-se e vá para a planície (o vale), e lá falarei com você”. 23 Então me levantei e fui para a planície (o vale). E lá estava a glória do SENHOR, glória como a que eu tinha visto junto ao rio Quebar. Prostrei-me, rosto em terra,” (Ez 3.22-23 – NVI). Incrível, mas esse mesmo vale de glória, tornara-se em vale de ossos secos – vale de morte! Os ossos representam os israelitas no exílio. Já estavam ali na Babilônia há dez anos, e quaisquer vislumbres de esperança que tinham no início, quando lá chegaram por conta de seus pecados, já estavam totalmente extintos. Suas esperanças se foram e, como ossos expostos ao sol, estavam completamente secas. Então ele me disse: “Filhos do homem, estes ossos são toda a nação de Israel. Eles dizem: ‘Nossos ossos se secaram e nossa esperança desvaneceu-se; fomos exterminados’... (Ez 37.11 – NVI). A NECESSIDADE DA AÇAO DE DEUS Qual era a real situação de Israel? Que relação há entre eles naquele tempo e nós hoje em dia? 1. O povo de Deus estava desprovido de vida espiritual O profeta ISAÍAS, ao comtemplar a condição espiritual da nação, disse: “Este povo está enfermo da cabeça aos pés” (Is 1.4-6). Isaías chamou o povo ao arrependimento, mas ele não quis ouvir: “Quem creu em nossa pregação?” (Is 53.1). O profeta AMÓS olhou para o povo e viu que o culto estava sem vida, a música era apenas um barulho estridente aos ouvidos de Deus e chamou a nação ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir (Am 6). O profeta OSÉIAS olhou para a nação e viu sua infidelidade, sua instabilidade espiritual, sua depravação moral e chamou o povo ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir (Os 14). Deus mandou o profeta MIQUÉIAS e este concluiu que o povo estava enfadado de Deus. O povo não quis ouvir. Deus enviou o profeta JEREMIAS e este chorou porque o povo havia abandonado a Deus, o manancial de águas vivas e cavado para si cisternas rotas. Deus falou inúmeras vezes: chamou, aconselhou, exortou, mas o povo não quis ouvir. Deus chamou o povo pelo amor e este não veio. Então, Deus mandou o açoite, o chicote, a espada, o cerco do inimigo, o cativeiro. A Babilônia veio e levou o povo para o cativeiro. Agora, Ezequiel vê o progresso do mal. Vê os resultados da desobediência, os frutos amargos da rebeldia. Agora não é apenas um povo doente. A enfermidade dá lugar à morte e a morte à desintegração orgânica. Agora estava ali um monte de ossos secos, sem vida, sem esperança. Era a maquete da desesperança, o retrato de um povo caído, com a esperança morta. O v. 11 diz que os ossos secos eram toda a casa de Israel. O v. 13 diz que eles estavam em sepulturas existenciais. Haviam antecipado a morte por não terem tomado posse da vida. 2. O povo de Deus estava disperso Havia falta de vida e também falta de comunhão – uns estavam em Israel, enquanto outros viviam na Babilônia. O que os separava, além da distância geográfica, era o ódio, o ressentimento. Os de lá diziam: “Por que eles foram se render!”; os de cá diziam: “Por que eles não se renderam também!”. O pecado separa, divide, afasta as pessoas. Eles estavam não apenas sem vigor, mas também dispersos. Há falta de comunhão. Há fissuras na comunhão. Há muros que nos separam, feridas abertas nos relacionamentos, distância uns dos outros. 3. O povo de Deus manifestava sinais de morte a) Um morto não tem apetite – Uma pessoa morta espiritualmente não tem fome e sede de Deus. Ele não tem prazer na leitura da Bíblia. O culto para ele é uma canseira. Uma pessoa morta não sente saudade de Deus, não ama a Deus, não busca em primeiro lugar o reino. O que a atrai são os prazeres do mundo, a fascinação da riqueza, a estima dos homens. b) Um morto é insensível – Deus fala, chama, exorta, mas as pessoas não escutam. São surdas espiritualmente. Elas não se constrangem com o amor de Deus, nem se abalam com o fogo do inferno. Não se importam com a condição dos perdidos. Mordem umas às outras. Ou, quando muito, agem por conveniência. c) Um morto não tem ação – O morto não se levanta, não trabalha para Deus, não tem tempo para Deus. Não cuida do próximo. d) Um morto é alguém de quem a vida está absolutamente ausente – Um morto afasta as pessoas – frieza, fedor, feiura. Ele se deteriora sozinho; até virar um monte de ossos secos. Talvez há pessoas espiritualmente mortas aqui. Há maridos, esposas, filhos e pais mortos. O AGENTE DA RESTAURAÇÃO 1. Deus é quem toma a iniciativa da restauração Tudo provém de Deus. Ele é quem escolhe. Ele é quem nos chama. Ele é quem justifica. Ele é quem transforma. Ele é quem levanta da morte. A iniciativa da restauração vem de Deus. É Deus quem faz Ezequiel andar no meio do vale – chamando a sua atenção para a realidade (v. 1-2) 1 Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo Espírito do Senhor e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2 e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. É Deus quem pergunta ao profeta – fazendo-o recobrar a esperança (v. 3) Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes É Deus quem manda o profeta profetizar – levando-o a agir (v. 4) Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Enfim, toda a ação para levantar da morte é iniciativa divina – possibilitando, assim, a restauração (v. 5-6). 5 Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. 6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o Senhor. Alguém, então, poderá dizer: “Se é Deus quem toma a iniciativa em tudo, até de me escolher, eu não tenho que fazer coisa alguma, já está tudo determinado!”. Digo-lhes que é muito pelo contrário: A iniciativa de Deus é a única garantia de que eu poderei de fato ser restaurado! E mais, a iniciativa de Deus, e somente ela, me coloca em ação, na condição de poder mudar de vida e ver outros também mudarem! Ouça Paulo: 2. Deus é quem age milagrosamente levantando os mortos da sepultura espiritual Deus perguntou ao profeta: “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?” (v. 3). Os céticos diriam: Impossível! Os incrédulos diriam: Jamais! Os animadinhos diriam: É pra já! Mas Ezequiel, cônscio da soberania de Deus, disse: “Senhor Deus, tu o sabes” (v. 3). Se Deus quiser, os mortos se levantam. Se Deus quiser, o leproso fica limpo. Se Deus quiser, o paralítico anda. Se Deus quiser, o bêbedo se torna sóbrio. Se Deus quiser, o drogado fica livre. Se Deus quiser, o feiticeiro corre arrependido para os braços de Jesus. Se Deus quiser, o pecador se arrepende e volta à vida. Afinal, é Deus que opera em nós tanto o querer como o realizar, para que se possa desenvolver a salvação com temor e tremor. Deus pergunta hoje: É possível a sua vida receber uma poderosa restauração? É possível esta igreja ser cheia do Espírito Santo? É possível que o povo evangélico dessa nação se torne como tochas acesas nas mãos do Senhor? É possível termos líderes cheios da unção do alto? É possível termos jovens santos? É possível termos famílias piedosas? É possível esta igreja ser uma igreja fervorosa? É possível esta igreja ser uma ganhadora de almas? Porque não existe impossível para Deus. Ezequiel nos ensina a responder dizendo: “Senhor Deus, tu o sabes!” Se Deus quiser, ele pode fazer o impossível acontecer na sua vida, na sua família, ele pode fortalecer os fracos, levantar os caídos, salvar os perdidos, libertar o escravo. Se Deus quiser, ele pode inflamar esta igreja e a sua casa para a glória do nome dele. E se ele quiser, como poderá ser? Como devemos agir? OS INSTRUMENTOS DA AÇAO DE DEUS 1. A pregação da Palavra de Deus pelo povo de Deus Deus então diz: “Profetiza a esses ossos: ossos secos, ouvi a Palavra do Senhor” (v. 4). É pela Palavra que Deus chama os mortos à vida. Não há outro instrumento. Hoje muitas igrejas têm abandonado a Palavra, têm pregado outro evangelho, têm pregado doutrinas de homens, têm pregado o que o povo quer ouvir. Mas se queremos ver os mortos recebendo vida, se queremos ver conversões verdadeiras, precisamos pregar a Palavra. Há poder na Palavra! A Palavra é o poder de Deus para a salvação. A Palavra deve ser pregada com lágrimas e no poder do Espírito. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? (Rm 10.14) 2. A oração do Povo de Deus Além de profetizar, Deus diz que Ezequiel deveria orar: “Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (v. 9). Está certo que a iniciativa é de Deus, mas, em sua graça soberana, Deus determinou que tomaria iniciativas mediante a oração de seu povo: “Nada tendes porque não pedis” (Tg 4.2 – ver também: Lc 11.9-10). Mas, por que deve ser assim, se ele sabe de todas as coisas, antes mesmo de as pedirmos (Mt 6.8)? Por que orar, se Deus é soberano? A oração afirma fé e confiança, aumenta o nosso gozo e amadurece a nossa comunhão com Deus. Paulo sabia que Deus só restauraria os judeus impenitentes de seus dias, se orasse por eles! É impressionante que ele diz isso no contexto menos provável possível aos nossos olhos. Ele diz isso quando está discorrendo sobre a doutrina da eleição! Por isso é que afirmamos que a Doutrina da Eleição (a soberania de Deus), quando corretamente entendida, nos faz homens e mulheres de oração e evangelização. O contrário disto não provém da Escritura, mas de sistemas humanos – de doutrinas de demônios. 3. A intervenção do Espírito Santo de Deus O v. 5 diz que é quando o Espírito entra nesses ossos que eles recebem vida. O v. 9 diz que quando o Espírito vem e assopra sobre os ossos secos, eles recebem vida. O v. 10 diz que quando o Espírito entrou neles, eles se levantaram como um exército. Precisamos do sopro do Espírito trazendo vida, levantando os caídos, ressuscitando os mortos espirituais. É o Espírito Santo quem regenera, quem convence do pecado, da justiça e do juízo, quem nos batiza no corpo, quem nos dá nova vida. Por isso que oramos pedindo que ele venha. O PROCESSO DA AÇAO DE DEUS 1. Ruído (v. 7) Houve um ruído, um barulho, uma agitação – ossos batendo em ossos, cada osso se ajuntando ao seu. Mas isso ainda não é vida. Restauração não é barulho, agitação, estardalhaço, gritaria, emocionalismo. Pode até passar por aí, mas não é isso aí! Não se gera vida com propaganda, com marketing, com barulho. Pode atrair, mas não haverá de transformar. Ezequiel não confundiu barulho com criação, nem ativismo com unção, nem agitação com avivamento. 2. Ajuntamento (v. 7) Houve um processo. Os ossos que estavam espalhados, dispersos, se ajuntaram, cada um ao seu. Voltaram às suas origens. Ficaram em ordem, mas ainda eram ossos secos, sem vida. Talvez ficássemos satisfeitos com isto. Ezequiel não. De que vale um bando de esqueletos? Eles poderiam por acaso lutar as guerras do Senhor? 3. Tendões e carne (v. 8) Eles agora estavam em pé. Agora tinham uma estrutura. Agora pareciam gente. Mas ainda estavam mortos. Podemos ter estrutura, doutrina, preceitos, mas ainda falta vida. Podemos ter religião, podemos frequentar a igreja, mas precisamos de vida. 4. Pele (v. 8) Agora eles tinham aparência, beleza, formosura, mas ainda estavam mortos. Eram cadáveres. Você pode parecer filho de Deus, poder aprender um vocabulário evangélico e ter cacoete de crente, ser manso e humilde, parecer ser filho de Deus e ainda não estar vivo! Os fariseus eram bonitos por fora, mas estavam mortos como túmulos caiados. É preciso mais, é preciso que o Espírito Santo nos vivifique! 5. O Espírito Só o Espírito pode regenerar a sua alma. Só o Espírito pode transformar a sua vida, só o Espírito pode trazer restauração ao seu lar e em nosso meio. Só o Espírito pode fazer jorrar rios de águas vivas de dentro de nós, de nossos lares e de nossa igreja. Só o Espírito Santo pode nos dar poder e fazer você, a sua família e esta igreja levantar-se como um poderoso e numeroso exército, marchando para a glória de Deus! OS RESULTADOS DA AÇAO DE DEUS 1. Os ossos secos passaram a viver e se puseram em pé como um exército – v. 10 Deus pode nos levantar. Deus pode nos unir. Deus pode nos dar um só coração, um só propósito, para sermos nesta igreja como um exército do Senhor; e temos visto que ele começou esta obra entre nós. Quem esteve aqui domingo passado à noite presenciou o mover santo e indescritível de Deus. Ele pode fazer isto na sua vida e em sua casa. 2. Os ossos secos saíram da sepultura existencial – v. 12-13 Não importa quão profunda seja a sepultura existencial em que você se encontra; em que buraco existencial você se enfiou. Nesta noite, o Espírito Santo pode quebrar o poder da morte em sua vida, desatar você das vestes mortuárias e fazer de você uma pessoa livre, cheia de vida! 3. Uma experiência profunda com Deus – v. 6, 13, 14 Então sabereis que eu sou o Senhor (v. 6) Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e fizer você sair dela (v. 13). Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor (v. 14). 4. Unidade espiritual – v. 22-25 Nunca mais Israel seria duas nações. A divisão que rasgou a nação no meio não mais existiria. Em Cristo, todos se tornariam um: judeus, judeus e gentios, inimigos antigos, etc. Deus restaura relacionamentos quando o Espírito Santo sopra sobre nós. Acabam-se as mágoas, as fissuras e surge a unidade – brota a comunhão alegre e abençoadora. 5. Comunhão íntima e contínua com Deus – v. 26-28 26 Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre. 27 O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 28 As nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no meio deles. (Ez 37.26-28) Deus quer nos restaurar para nos dar a si mesmo como tesouro maior. Por isso que Paulo, em Rm 1.1, fala do “evangelho de Deus”. Deus é o evangelho. Ele é o nosso tesouro. Deus nos salva e nos santifica, Deus nos restaura, para desfrutarmos de comunhão com ele. A nossa maior recompensa é Deus; nossa maior herança é Deus. A vida eterna é conhecer a Deus. O céu é comunhão com Deus. O Espírito nos tira da morte e nos restaura para termos comunhão com Deus. Avivamento é comunhão com Deus! Amém! Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; (1Pe 3.18). Se Deus restaurou um vale de ossos sequissimos isto nos mostra que não há problema que seja impossível para ele. Por pior que seja a sua situação ele pode mudar hoje.